...::: Blog Dentista Cesar Zuchetto - Novo Hamburgo e Canoas :::... Dentista -- ex-Novo Hamburgo -- agora Menino Deus, POA www.clinicazuchetto.com.br: setembro 2007

30 setembro 2007

Enxaguatório bucal poderia detectar câncer de cabeça e pescoço

Um bochecho com um enxaguatório bucal pode ser a mais nova ferramenta no diagnóstico para detectar carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço em seu estágio inicial, dizem os pesquisadores do Sylvester Comprehensive Cancer Center da Universidade de Miami.

O câncer de cabeça e pescoço pode atingir lábios, dentes, gengivas, bochechas, soalho da boca, língua, palato mole, amídalas, parte posterior da garganta e laringe. Quando detectado precocemente, os níveis de cura dos pacientes superam os 80 %. Infelizmente, somente 50% dos cânceres de cabeça e pescoço são detectados precocemente atualmente e curados.

Os pesquisadores então usaram a solução de bochecho para determinar se o DNA dos pacientes foi quimicamente modificado devido ao câncer, uma doença chamada DNA hipermetilado. Um estudo piloto subseqüente mostrou hipermetilação nas amostras de nove em 11 pacientes com câncer de cabeça e pescoço que tinham níveis baixos de CD44 no estudo original.

“Muitas vidas poderiam ser salvas através de um teste que não é mais invasivo do que um gargarejo”, disse Profa. Dra. Elizabeth Franzmann, M.D., professora assistente de otorrinolaringologia em Miami. “Nosso estudo mostrou que um teste com um bochecho, simples o suficiente para ser administrado em qualquer centro de saúde comunitário é capaz de detectar câncer em aproximadamente 90% das vezes”.

Fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço podem incluir o uso de tabaco e álcool, exposição prolongada ao sol, irritação bucal crônica, deficiência nutricional, uso de enxaguatórios bucais que contém álcool, infecção com papiloma vírus humano, refluxo gastresofágico e o sexo - os homens são afetados duas vezes mais do que as mulheres.

Fonte: ADA

Clareamento Dental é assunto sério

Procedimento já bastante difundido especialmente entre consumidores de classe média e alta no País, o clareamento dental, realizado por meio de produtos químicos aplicados diretamente nos dentes, começa a se popularizar graças ao barateamento do preço dos serviços. Mas o que deveria ser encarado como uma alternativa para deixar os dentes saudáveis e o sorriso mais bonito está preocupando especialistas em odontologia de todo o Brasil.

A popularização dos clareadores dentais e sua venda indiscriminada, diretamente ao consumidor, podem causar sérios danos à saúde dos pacientes. “Por isso é fundamental que o alerta seja dado agora, enquanto o processo ainda está no início e possamos revertê-lo por meio da educação da população”, adverte o dentista Heraldo Riehl, com mestrado e doutorado em Dentística e Materiais Dentários, pela FOB-USP, na área de Clareamento Dental. Ele é também membro do corpo editorial da revista Journal of Applied Oral Science, editor associado da revista Scientific-A e coordenador do curso de especialização em Dentística da APCD – Regional de Bauru.

O procedimento, explica Riehl, deve ser feito somente por profissionais especializados. “É uma terapia que, quando feita com agentes químicos conhecidos como peróxidos, precisa ser encarada com muito cuidado, desde o diagnóstico, escolha da opção correta, doses e posologia indicadas individualmente e com decisões de tratamento também individualizadas baseadas em evidências científicas e clínicas de qualidade”, argumenta Riehl.

Um dos riscos, explica o pesquisador, é que o paciente compre o clareador sem orientação profissional – e hoje isso pode ser feito inclusive pelos canais de televendas – e o aplique indiscriminadamente, sem qualquer indicação de um profissional especializado. “O primeiro pensamento do leigo é achar que deve usar um volume grande de clareador para conseguir resultados mais rápidos, e é justamente aí que começam os problemas”, comenta.

Quanto mais concentrada a solução clareadora e quanto maior o tempo de uso, maiores são os riscos de efeitos colaterais como sensibilidade dolorosa, irritação nas gengivas, prejuízo ao esmalte do dente e restaurações e próteses mais escuras que certamente terão que ser substituídas e custeadas pelo usuário. “Em crianças e adolescentes os efeitos de sensibilidade podem ser mais intensos porque a polpa dentária é maior e o esmalte mais permeável”, comenta.

O essencial para o sucesso do tratamento, alerta Riehl, é o diagnóstico clínico bem feito e bem documentado e executado tecnicamente. “Este diagnóstico depende de uma série de fatores, como histórico do paciente, idade, seus hábitos de vida, além dos exames clínicos e radiológicos”, continua o especialista.