...::: Blog Dentista Cesar Zuchetto - Novo Hamburgo e Canoas :::... Dentista -- ex-Novo Hamburgo -- agora Menino Deus, POA www.clinicazuchetto.com.br: A grande marcha do carro elétrico

18 maio 2009

A grande marcha do carro elétrico

No começo, ele tinha um objetivo modesto com a BYD – ora as iniciais do nome chinês são traduzidas em inglês como “build your dreams” (construa seus sonhos), ora como “bring your dollars” (traga seus dólares). O engenheiro químico Wang Chuan-Fu afirmava que queria apenas substituir as baterias importadas do Japão. “Era muito caro importá-las”, disse em entrevista recente à revista Fortune. Depois de desmontar várias baterias para entender seu funcionamento, ele conseguiu obter modelos mais baratos usando algo que a China tem com fartura: gente. Em vez de fábricas no estilo japonês – robotizadas, modernas, capazes de funcionar quase sem intervenção humana –, Wang criou um modelo de produção baseado em dezenas de milhares de chineses executando tarefas preestabelecidas, sob um rígido controle de qualidade. Hoje, a BYD emprega 130 mil pessoas em 11 fábricas, na China, na Índia, na Hungria e na Romênia.

Wang afirma que suas baterias nunca passaram por um recall, ao contrário das fabricadas pelas concorrentes Sanyo e Sony. Uma de suas obsessões é produzi-las com material totalmente reciclável. Para isso, a BYD desenvolveu um fluido atóxico. Wang costuma despejá-lo num copo e bebê-lo, para provar seu comprometimento ambiental. Em 2000, a BYD já produzia baterias para celulares e eletrônicos de empresas como Motorola, Nokia, Sony Ericsson e Samsung. Suas baterias estão hoje em produtos conhecidos, como o celular Motorola RAZR, o iPod e o iPhone, além de diversos modelos de laptop. A empresa faturou quase US$ 4 bilhões no ano passado, com lucros da ordem de US$ 200 milhões.


Tamanho sucesso levou a Berkshire Hathaway, empresa de Warren Buffett (o segundo homem mais rico do mundo), a comprar 10% da BYD por US$ 230 milhões no ano passado. Buffett diz que queria ter comprado uma participação ainda maior, de 25%, mas Wang recusou. “O homem não queria vender sua empresa”, disse Buffett à Fortune. “Era um bom sinal.” A aposta de Buffett é que a BYD vai transformar o mercado de automóveis elétricos. Parte substancial das vendas da BYD já vem dos carros – US$ 1,3 bilhão em 2008. Quando entrou nesse negócio, em 2003, Wang entendia pouco do assunto. Ele comprou uma fábrica estatal sucateada e resolveu apostar o futuro de seu negócio naquilo que sabia fazer melhor: baterias. Antes mesmo da Toyota, a BYD começou a fabricar um modelo híbrido, movido a gasolina e eletricidade: o F3DM.

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