Wang afirma que suas baterias nunca passaram por um recall, ao contrário das fabricadas pelas concorrentes Sanyo e Sony. Uma de suas obsessões é produzi-las com material totalmente reciclável. Para isso, a BYD desenvolveu um fluido atóxico. Wang costuma despejá-lo num copo e bebê-lo, para provar seu comprometimento ambiental. Em 2000, a BYD já produzia baterias para celulares e eletrônicos de empresas como Motorola, Nokia, Sony Ericsson e Samsung. Suas baterias estão hoje em produtos conhecidos, como o celular Motorola RAZR, o iPod e o iPhone, além de diversos modelos de laptop. A empresa faturou quase US$ 4 bilhões no ano passado, com lucros da ordem de US$ 200 milhões.

Tamanho sucesso levou a Berkshire Hathaway, empresa de Warren Buffett (o segundo homem mais rico do mundo), a comprar 10% da BYD por US$ 230 milhões no ano passado. Buffett diz que queria ter comprado uma participação ainda maior, de 25%, mas Wang recusou. “O homem não queria vender sua empresa”, disse Buffett à Fortune. “Era um bom sinal.” A aposta de Buffett é que a BYD vai transformar o mercado de automóveis elétricos. Parte substancial das vendas da BYD já vem dos carros – US$ 1,3 bilhão em 2008. Quando entrou nesse negócio, em 2003, Wang entendia pouco do assunto. Ele comprou uma fábrica estatal sucateada e resolveu apostar o futuro de seu negócio naquilo que sabia fazer melhor: baterias. Antes mesmo da Toyota, a BYD começou a fabricar um modelo híbrido, movido a gasolina e eletricidade: o F3DM.
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